MODA/INDUMENTÁRIA EM CULTURAS JUVENIS: SÍMBOLOS DE COMUNICAÇÃO E FORMAÇÃO DE IDENTIDADES CORPORAIS PROVISÓRIAS EM JOVENS DO ENSINO MÉDIO. 2007
Autor: Antonio Galdino Da Costa
Orientador: Giovani de Lorenzi Pires
Tipo: Mestrado
INSTITUIÇÃO: UFSC - Universidade Federal De Santa Catarina
Resumo: Essa pesquisa teve como objetivo compreender a comunicação nas culturas juvenis, expressa por meio dos símbolos da moda/indumentária e adereços no ambiente escolar, levando em conta as questões socioculturais dos alunos, seus diferentes grupos e culturas. Evidenciar a existência destes grupos nos espaços escolares parece ser de suma importância, para que assim a escola possa promover formas de interação e reconhecimento. O que a pesquisa aponta é a necessidade de a escola perceber o jovem como sujeito do seu cotidiano, inclusive o escolar, não se limitando a estipular normas, nem reconhecê-lo apenas no espaço/tempo das aulas, pois nos demais espaços escolares os jovens também comunicam suas identidades, constituem seus grupos e se reconhecem neles.
URL: http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=23733
MODA: COSTURANDO MULHER E ESPAÇO PUBLICO. ESTUDO SOBRE A SOCIABILIDADE FEMININA NA CIDADE DE SÃO PAULO 1913-1929. 2000
Autor: Maria Claudia Bonadio
Orientador: Vera Hercilia Faria Pacheco Borges
Tipo: Mestrado
INSTITUIÇÃO: UNICAMP – Universidade de Campinas
Resumo: Este estudo tem por objetivo investigar as relações entre mulheres das classes médias e elites paulistanas com o espaço público na cidade de São Paulo, no período 1913-1929, através das crônicas de moda escritas por Marinette e publicadas na &vista Feminina entre 1914-1926, e dos anúncios do Mappin Stores divulgados no jomal O Estado de São Paulo, no período 1913-1929. Procuramos também identificar as alterações da sociabilidade feminina a partir de dois fatores fundamentais: a simplificação do traje ocorrida por volta de 1914 e a instalação da primeira loja de departamentos da cidade 1913 (um novo lugar para a prática da sociabilidade feminina). Objetivamos, assim, demonstrar a importância da moda e das casas de moda na ampliação do espaço aberto à presença e à movimentação da mulher na cidade de São Paulo, observando como a publicidade "vende" sociabilidade à mulher através dos anúncios da moda, da própria estratégia de atração do consumidor inerente às lojas de departamento e ainda da lógica de mercado que rege a imprensa feminina. Queremos demonstrar como os tradicionais papéis femininos de mãe, esposa e dona de casa, acabam por relegar à mulher o papel de consumidora/provedora do lar, costurando-a assim à cidade e mais especificamente ao seu centro comercial formado pelas ruas Direita, 15 de Novembro e São Bento, conhecido como "Triângulo"
URL: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000214852
MODA BRASILEIRA E MUNDIALIZAÇÃO: MERCADO MUNDIAL E TROCAS SIMBÓLICAS. 2012
Autor: Miqueli Michetti
Orientador: Renato José Pinto Ortiz
Tipo: Doutorado
Instituição: UNICAMP - Universidade Estadual De Campinas
Resumo: A "moda brasileira", a despeito de seu nome, não conforma um fenômeno nacional. Ela integra e tem por condicionantes os processos de globalização de mercados e de mundialização da cultura. Com o objetivo de elucidar porque a "moda brasileira", enquanto configuração material e simbólica, só faz sentido se pensada no seio desse panorama mais amplo, realizamos pesquisas de campo em eventos de moda nos quais ela era apresentada, sediados nas cidades de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Paris. Análises bibliográficas e de conjuntura também foram cruciais para entendermos a articulação de diversos agentes, imbuídos de interesses, valores e discursos específicos, em torno da volição de se construir uma "moda nacional", ao mesmo tempo diferente e equivalente das modas historicamente consagradas. A partir da abertura do mercado brasileiro ocorrida na década de 1990, o setor nacional de têxteis, confecções e moda assistiu à transformação do estado da concorrência no mercado doméstico, diante do que buscou-se construir um "diferencial competitivo" para a moda do país, desde então às voltas com o mercado global. Esse movimento é perpassado por dinâmicas simbólicas complexas, visto que, embora a moda nacional seja majoritariamente produzida e consumida no mercado doméstico e, nesse sentido, não seja econômica ou objetivamente global, a globalidade é atualmente erigida como um valor mundialmente válido e, conseguintemente, mesmo visando especialmente o mercado interno, a moda do país precisará adequar-se a padrões de organização, qualidade e consagração que se tornam globais. Diante disso, ela buscará ser reconhecida enquanto "global" e, para tanto, tentará consagrar-se junto às "capitais mundiais" da moda. Todavia, para ser aceita em um mercado global de bens simbólicos que elege também a diversidade como valor positivo, a moda do país deverá ser oferecida enquanto "brasileira". Logo, as iniciativas em prol da constituição de uma "moda nacional" e aquelas com vistas à sua globalização são simultâneas porquanto correlatas. Isso explica porque, embora configure um fenômeno característico da globalização, a "moda brasileira" tomará por fonte simbólica as representações sobre "o" Brasil e sua suposta diversidade. É por isso também que as construções identitárias no bojo das marcas de moda nacionais com pretensões globais buscarão não se restringir aos usos da "brasilidade", mas encampar os dois valores caros à moda atual. Contudo, no mesmo momento em que as identidades são discursadas como "flexíveis" e em que a mobilidade se torna quesito valorativo, as condições das composições identitárias entre diversidade e globalidade serão desigualmente distribuídas conforme os agentes enverguem posições mais afeitas à fixidez ou à mobilidade, o que apresenta vínculos mediados com seus pertencimentos geosimbólicos. Portanto, a "moda brasileira" buscará emprestar globalidade das instâncias globais de consagração, as quais, de sua parte, precisarão da diversidade imputada às ditas "modas do mundo". Porém, embora a moda global integre hoje agentes e regiões que não constavam anteriormente na cartografia do setor, as novas relações a que dá lugar não são isentas de hierarquias. Ainda que interesses mútuos sejam contemplados nas novas trocas econômico-culturais constitutivas da moda contemporânea, nelas alguns tem mais a ganhar.
URL: http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=000847636&opt=4
MODA COMO IMAGEM ONÍRICA: UMA ANÁLISE BENJAMINIANA DA REVISTA HARPER‟S BAZAAR, A.
Autor: Carolina Fabian Sato Gavino
Orientador: Oscar Angel Cesarotto
Tipo: Mestrado
Instituição: PUC-SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Resumo: A presente pesquisa destinou-se a percepção da revista Harper‟s Bazaar no Brasil como imagem onírica e dialética de nosso tempo. O objetivo central da dissertação foi observar como a moda apresentada na revista se fez como fetiche da mercadoria e fantasmagoria desde a sua fundação até hoje. Para tanto, nos apoiamos sobre os estudos de Walter Benjamin contidos no Trabalho das Passagens e suas Obras Escolhidas. Levantamos para tal o contexto histórico do período que antecedeu o lançamento da revista de origem norte-americana em 1867, o nascimento do capitalismo industrial e a ascensão da classe burguesa no seio da sociedade. Deste modo, destrinchamos o início da moda de Alta Costura e da imprensa de moda na Europa e Estados Unidos. O estudo de Adorno e Horkheimer (1996) sobre o conceito de Iluminismo foi convocado neste trecho de nosso trabalho para a elucidação sobre o modo de pensar do homem burguês do século XIX. O segundo capítulo da pesquisa fez préstimo aos escritos de Benjamin em seu Trabalho das Passagens. As análises de Susan Buck-Morrs (2002) e Willi Bolle (2000), que configuram parte importante do estado da arte sobre o Trabalho das Passagens, foram consultadas para tecer nossas conclusões acerca da moda e da revista Bazaar como imagem onírica. No terceiro capítulo, verificamos a possível presença aurática em torno da publicação editorial de moda no Brasil como objeto histórico e como suporte da fotografia de moda. Tomamos como base teórica as observações de Trivinho (2012) sobre o Glocal e os ensaios de Benjamin sobre a aura A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica e Pequena História da Fotografia. A relevância dessa pesquisa se deve à brevidade da revista Harper‟s Bazaar brasileira, lançada somente em 2011, e por se tratar de uma das mais antigas revistas de moda da América. Além disso, destacamos a ausência de uma análise do veículo em questão no campo da Comunicação e da Semiótica.
URL: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/19163
MODA COMO IMAGEM ONÍRICA: UMA ANÁLISE BENJAMINIANA DA REVISTA HARPER‟S BAZAAR, A.
Autor: Carolina Fabian Sato Gavino
Orientador: Oscar Angel Cesarotto
Tipo: Mestrado
Instituição: PUC-SP - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Resumo: A presente pesquisa destinou-se a percepção da revista Harper‟s Bazaar no Brasil como imagem onírica e dialética de nosso tempo. O objetivo central da dissertação foi observar como a moda apresentada na revista se fez como fetiche da mercadoria e fantasmagoria desde a sua fundação até hoje. Para tanto, nos apoiamos sobre os estudos de Walter Benjamin contidos no Trabalho das Passagens e suas Obras Escolhidas. Levantamos para tal o contexto histórico do período que antecedeu o lançamento da revista de origem norte-americana em 1867, o nascimento do capitalismo industrial e a ascensão da classe burguesa no seio da sociedade. Deste modo, destrinchamos o início da moda de Alta Costura e da imprensa de moda na Europa e Estados Unidos. O estudo de Adorno e Horkheimer (1996) sobre o conceito de Iluminismo foi convocado neste trecho de nosso trabalho para a elucidação sobre o modo de pensar do homem burguês do século XIX. O segundo capítulo da pesquisa fez préstimo aos escritos de Benjamin em seu Trabalho das Passagens. As análises de Susan Buck-Morrs (2002) e Willi Bolle (2000), que configuram parte importante do estado da arte sobre o Trabalho das Passagens, foram consultadas para tecer nossas conclusões acerca da moda e da revista Bazaar como imagem onírica. No terceiro capítulo, verificamos a possível presença aurática em torno da publicação editorial de moda no Brasil como objeto histórico e como suporte da fotografia de moda. Tomamos como base teórica as observações de Trivinho (2012) sobre o Glocal e os ensaios de Benjamin sobre a aura A Obra de Arte na Era da Reprodutibilidade Técnica e Pequena História da Fotografia. A relevância dessa pesquisa se deve à brevidade da revista Harper‟s Bazaar brasileira, lançada somente em 2011, e por se tratar de uma das mais antigas revistas de moda da América. Além disso, destacamos a ausência de uma análise do veículo em questão no campo da Comunicação e da Semiótica.
URL: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/19163
MODA DE ZUZU ANGEL E O CAMPO DO DESIGN, A. 2006
Autor: Priscila Andrade Silva
Orientador: Alberto Cipiniuk
Tipo: Mestrado
Instituição: PUC-Rio - Pontifícia Universidade Católica do Rio De Janeiro
Resumo: A dissertação A moda de Zuzu Angel e o campo do design tem como objetivo a análise de exemplos de modelos criados pela designer de moda Zuzu Angel, confrontando-os com narrativas oriundas de diversas fontes de informação (entrevistas, material biográfico, publicações da imprensa e documentos como fotos, cartas, press releases e convites) situando, assim a sua contribuição para a moda brasileira. Por vários motivos, como a sua trágica morte, ao longo do tempo, estabeleceu-se um consenso em torno de uma narrativa mítica sobre Zuzu Angel que modelou sua imagem como símbolo da mulher corajosa, inovadora e avançada para sua época. Essa narrativa fala também de sua obra, portanto a leitura do objeto fica embaçada não só pela forma como ela modela a imagem de Zuzu Angel, mas também pelos significados que atribui à sua produção. Neste trabalho, os modelos selecionados são analisados principalmente a partir da perspectiva simbólica e para isso é apresentado um levantamento do contexto sócio-cultural, assim como uma reflexão sobre sua biografia. Este procedimento torna compreensível o desenvolvimento de sua trajetória profissional e demonstra que foi preciso a combinação de uma série de fatores tais como a formação familiar e aspectos existenciais e motivacionais para que ela se tornasse um paradigma do campo do design e da moda brasileira.
URL: http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=10163@1
MODA E A SUA DISSEMINAÇÃO ENTRE 1960-1969: A INFLUÊNCIA DA MODA NA SOCIEDADE FEMININA, A. 2017
Autor: IRINA FERNANDES PARREIRA
Orientador: Maria Heloїsa de Barros Bobela Mota Figueiredo Albuquerque
Tipo: Mestrado
Instituição: UL - Universidade de Lisboa
Resumo: Os anos 60 são lembrados como um período histórico repleto de rebeldia, revolta e evolução. Todos estes desenvolvimentos marcaram profundamente a história, a sociedade e as gerações seguintes. As ideologias juvenis revolucionárias moldaram a sociedade. Os jovens renunciaram aos costumes e à educação tradicional o que desencadeou manifestações e emancipações. Os jovens, principalmente as raparigas, desejavam a emancipação e a liberação dos seus direitos. Estes comportamentos mais liberais profetizaram mudanças e originaram as primeiras manifestações feministas nos anos 60. Os eventos ocorridos evidenciaram-se principalmente na moda. O vestuário feminino abandonou as formas elegantes da Haute-Couture. As jovens passaram a desejar vestir roupas simples e sem forma, onde não se evidenciassem quaisquer formas do corpo feminino e procuravam apenas o conforto. Com este procedimento a Alta-Costura perdeu o seu prestígio e foi substituída pelo pronto-a-vestir. Pela primeira vez, a subcultura sobrepõe-se à moda da Alta-Costura. A ocorrência de tais circunstâncias, como desprezo pela moral do antigamente, a mudança de mentalidades e a procura pela extravagância e provocação, despertaram o interesse para o caso de estudo “A Moda e a sua Disseminação entre 1960-1969: A Influência da Moda na Sociedade Feminina”. Nesta investigação pretende-se analisar os fatores que contribuíram para as mudanças da posição da mulher na sociedade e na moda. Para alcançar tais conhecimentos recorreu-se a leituras, a inquéritos e a análises de testemunhos vivos.
URL: http://hdl.handle.net/10400.5/15410
MODA E AS MODISTAS EM PORTUGAL DURANTE O ESTADO NOVO: AS MUDANÇAS DO PÓS-GUERRA, A. (1945-1974). 2017
Autor: ALEXANDRA WEBER RAMOS REIS GAMEIRO
Orientador: Clara Moura Soares
Tipo: Mestrado
Instituição: UL - Universidade de Lisboa
Resumo: Propomo-nos, na presente dissertação, contextualizar e apresentar a Moda em Portugal, durante um período assinalável do regime político que em Portugal se designou Estado Novo (1945-1974), com destaque para as influências que recebeu e para as modistas portuguesas que constituíram um marco importante para a Moda nacional nesse tempo. Para tal, serão indicados objectivos específicos de forma a enquadrar o tema de estudo deste trabalho. Começaremos por traçar um enquadramento relativo ao período histórico a ser estudado, fazendo assim a ponte entre a mulher portuguesa, no Estado Novo, o seu estatuto social e o seu contexto na Segunda Guerra Mundial ao fim da ditadura. De seguida, abordaremos o ponto principal da nossa dissertação: a Moda e as Modistas em Portugal no Estado Novo. Este aspecto é fundamental para fazer a ligação entre a moda em Portugal e no estrangeiro, com especial incidência na moda em Paris, uma vez que constituía a maior referência para as mulheres portuguesas da época. Em Portugal, desenvolveram-se várias “Casas de Costura” orientadas por pessoas ditas de “muito bom gosto”, numa altura em que a formação especializada na criação de moda era inexistente no nosso país. De entre as várias Casas de Costura, destacaram-se, em Lisboa, a da Bobone, a da Ana Maravilhas e a da Beatriz Chagas. No Porto, a casa de maior referência é a da Candidinha, cujo nome era incontornável na moda da época. Existiram outras, mas a esta última foi a única que estendeu o seu negócio até à capital. Ainda dentro deste capítulo, faremos referência aos clientes e ao mercado neste sector na época em estudo, onde daremos destaque ao Chiado como centro da Moda em Lisboa e zona privilegiada de aquisição da matéria-prima utilizada na concepção de vestuário. Era também no Chiado que se localizavam os grandes armazéns que divulgavam os últimos figurinos vindos de Paris. Ao falarmos do Chiado e das grandes casas e armazéns que forneciam os tecidos e onde as modistas os adquiriam, não poderemos deixar de referir os desfiles de moda aos quais, na altura, era dada uma grande importância. Para além de haver desfiles nos Grandes Armazéns do Chiado e Grandella, também aconteceram outros, com elevada importância, em edifícios históricos e/ou com elevado interesse arquitectónico e artístico como o Palácio Foz, o Coliseu dos Recreios, o Hotel Ritz, o Casino Estoril e o Palace Hotel (Hotel Palácio do Estoril). Neste último caso, os desfiles ocorreram mais na década de 1960, quando a moda atingiu o seu auge. No período em estudo, a moda feminina, além de muito difundida através das revistas da especialidade (magazines) fonte à qual dedicamos a nossa análise, foi também representada na Pintura de Retrato. Constatado este facto, considerámos pertinente fazer uma abordagem particular a esta fonte iconográfica. Dois pintores de grande referência e aos quais vamos dar destaque como exemplo foram Eduardo Malta (1900-1968) e Henrique Medina (1901-1988), devido ao seu extenso trabalho enquanto retratistas. Em relação ao primeiro, acresce a relação de proximidade que desenvolveu com Oliveira Salazar, a quem retratou. Concluiremos a dissertação fazendo uma menção ao Museu Nacional do Traje, considerado uma instituição pública de referência no que concerne ao traje e à moda em Portugal. Ainda que inaugurado em 1977, o projecto ideológico subjacente à sua criação remete para a década anterior. Assim, ao mesmo tempo que os anos 60 correspondem, a um período de liberdade no domínio da indumentária, traduzindo-se na abertura de casas de Alta-costura no nosso país, cuja revolução continua na década seguinte, originando o romper com os antigos conceitos da elegância e do chique, também se proclama a valorização, conhecimento e divulgação da moda do passado. Em Portugal seguiu-se assim, ainda que tardiamente, o exemplo de outros países onde existiam museus especializados na temática do traje, nomeadamente em Paris com o Musée de la Mode et du Textile, fundado em 1905 e em Madrid com Museo del Traje e Regional e Histórico, fundado em 1925.
URL: http://hdl.handle.net/10451/29933
MODA E CONTRACULTURA: A RELAÇÃO ENTRE A MODA E OS PROCESSOS DE IDENTIFICAÇÃO E DIFERENCIAÇÃO NO FUNK CARIOCA. 2014
Autor: Beatriz Lobo Moreira
Orientador: Jean-Martin Rabot
Tipo: Mestrado
Instituição: Universidade Do Minho
Resumo: A moda tem sido assunto recorrente nas mais diversas áreas do conhecimento Este projeto propõe lançar um olhar sobre a moda e como esta interage com a contracultura. Entendendo através das representações sociais dos movimentos de tribos urbanas, mas especificamente funk carioca. Para se entender bem a relação dos grupos na cultura de rua é interessante que anteriormente se entenda como o indivíduo se ordena a fim de formar grupos de individualização. Assim, será feita uma pesquisa de campo na cidade do Rio de Janeiro durante seis meses do ano de 2013, para pontuar como a moda se manifesta dentro dos processos de individualização e identificação dos indivíduos dentro das subculturas. Como fonte metodológica será feita revisão bibliográfica de autores tais como: Simmel, Tarde, Maffesoli, Vianna, Hebdige, entre outros, a fim de fundamentar o estudo e compreender como estes autores relacionam a moda com as manifestações de tribos urbanas relacionadas a movimentos de contracultura. O trabalho será divido em quatro partes. A primeira parte procurará apresentar como a moda interfere nos processos de individualização e identificação do indivíduo. A segunda parte analisará a estrutura e funcionamento dos movimentos de contracultura e a formação de tribos urbanas. A terceira parte apresentará de maneira breve a história do funk, e após a pesquisa de campo realizada na cidade do Rio de Janeiro, visando analisar diversas referências comportamentais, sociais e estéticas. Por fim, será realizada uma análise dos resultados e conteúdos estudados, a fim de perceber o porquê das composições destas tribos urbanas e como estas se relacionam com a moda. Analisando o valor do poder simbólico em culturas híbridas. Discutir este tema é entrar em um local muito povoado, porém nesse ponto de vista pouco explorado, com o auxílio da pesquisa de campo, será possível em suma compreender o poder da moda nas culturas tribais e de suas manifestações.